domingo, 29 de agosto de 2010

PECADO

Esboço da palavra do Culto Dominical de 29/08/2010.

Pecado

Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59.2

Definições de pecado:

qualquer temperamento pecaminoso, paixão ou afeição, como orgulho, vontade própria, amor ao mundo, de algum tipo, ou em algum grau; tal como cobiça, ira, impertinência; qualquer disposição contrária à mente que estava em Cristo.”

John Wesley

 

“Pecado é a condição de alienação de Deus que afeta a raça humana inteira e resulta em rebelião contra Deus e contra o Reino de Deus. Essa rebelião leva à escravidão. Pecados são atos específicos, palavras ou pensamentos, que se originam de nossa condição pecaminosa e negam a presença e propósito do Reino de Deus.”

Bispo Ildo

 

Algumas obserções sobre pecado:

O conceito bíblico de pecado é atemporal: o que era pecado nos tempos bíblicos continua sendo pecado hoje, isto porque pecado tem haver com intenção do coração; brota no coração é exteriorizado, não o contrário.

O conceito bíblico de pecado não varia de acordo com a cultura, pois se estudarmos corretamente a palavra de Deus veremos a diferença entre ritos, costumes e ordenanças. Aquilo que, de acordo com a Palavra de Deus, é pecado na cultura ocidental, também o é na oriental, na silvícola, etc…

O pecado não se justifica por questões culturais, traumas, etc... Pois a despeito dos estragos de personalidade que essas coisas podem causar, a Palavra em trecho algum trata o pecado como "pecou sem querer" ou "pecou porque quando era pequeno aconteceu tal coisa". A Palavra trata o pecado como decisão pessoal e como inimigo contra o qual devemos outro constantemente.

Outro sofisma é que tudo o que é bom é pecado, ou que o pecado é bom. Esse pensamento só se sustem para quem já tem a mente cauterizada pelo pecado, ou para quem é inconsequente e se preocupa apenas com a felicidade imediata e passageira. Algo que traz danos para sua saúde pode ser bom? Algo que destrua sua relação com Deus e com sua família pode ser bom? Algo que lhe traga danos psicológicos pode ser bom?

O conflito vivido pelo Apóstolo Paulo em Rm 7.19 não deve ser desculpa para o pecado, pois o conflito vivido pelo Apóstolo é conflito de quem vive cheio do Espírito Santo e está incomodado com a presença do pecado em sua vida.

 

Sobre o Pecado na Vida dos Crentes:

 

1)    O crente não está isento da luta contra o pecado, pois o próprio Apóstolo Paulo afirma em (Gálatas 5:17) 'Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis'.

 

2)    O pecado permanece na carne, mas não no coração de um crente. Isso significa que pode permanecer, mas não reinar no crente.  Rm 6:16 “ Porque estás debaixo da graça, e não debaixo da lei, o pecado não mais terá domínio sobre vós”.

 

3)    Se existe pecado, orgulho, obstinação no crente, então – existe pecado, orgulho, obstinação. E isto, ninguém pode negar. Neste sentido, então, o crente é orgulhoso ou obstinado. Mas ele não é orgulhoso ou obstinado, no mesmo sentido que os descrentes são; ou seja, governados pelo orgulho e vontade própria. Neste contexto, o crente difere dos não crentes. Os não crentes obedecem ao pecado. O crente não. A carne está em ambos. Os não crentes caminham 'segundo a carne'; e o crente 'caminha segundo o Espírito'.

 

4)    'Mas Cristo pode estar no mesmo coração, em que o pecado está?'. Sem dúvida que pode; do contrário ele nunca poderia ser salvo disto. Onde está a doença, lá está o médico, exercendo seu trabalho; lutando, até que lance fora o pecado. Decerto que Cristo não pode reinar, onde o pecado reina; nem Ele irá habitar onde algum pecado é permitido. Mas Jesus está e habita no coração de todo crente que esteja lutando contra todo o pecado; embora não seja ainda purificado, de acordo com a purificação do santuário.

 

5)    Embora estejamos santificados, e verdadeiramente crermos em Cristo, ainda assim, nós não estamos completamente; a natureza pecaminosa, ainda permanece (embora dominada), e guerreia contra o Espírito. Quanto mais lutamos, quanto 'vigiamos e oramos', nos dedicamos à Deus; mais seremos capazes de resistir.

 

É necessário arrependimento (Rm 3.23):

 

Desde que “todos pecaram, e estão destituídos da glória de Deus”, todos precisam de se arrepender a fim de entrar num relacionamento correto com Deus.[1]

O que significa essa “glória de Deus” ? Essa “glória” de Deus é uma referência à imagem ou glória de Deus, segundo a qual todos nós fomos criados mas deixamos de viver de conformidade com ela.[2]

O arrependimento requer uma mudança sincera e completa de pensamento. Arrepender-se é virar as costas para o pecado com genuína tristeza e voltar-se submissamente para Deus, confessando o seu pecado.

O arrependimento sincero conduz à renovação moral, freqüentemente evidenciada por atos de restituição, ou seja, o esforço para corrigir os erros.


[1] Art. A/302 do Livro de Disciplina

[2] John Stott, A Bíblia fala hoje – Romanos pg. 124

Pastor Alexandre

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