domingo, 20 de junho de 2010

Verdadeira Espiritualidade Cristã

Esboço da mensagem pregada em 20/06/2010

A grande maioria dos cristãos da atualidade tem um conceito sobre espiritualidade, que é diferente daquele ensinado na Bíblia. A maneira errada de se entender espiritualidade está associada à aparência externa, como por exemplo, os dons tidos como espetaculares. Mas a maneira correta, está intimamente ligada ao conteúdo interior, ou seja, o fruto do Espírito. O homem julga de acordo com aquilo que ele vê, isto é, a aparência externa. Já, Deus, julga de acordo com aquilo que Ele vê, isto é, o conteúdo interior.

Mateus 7:21-22 nos ajuda a entender melhor sobre este assunto. Os que falam aqui, falam como cristãos, agem como cristãos, reconhecem que Cristo é o Senhor, mas a realidade é que Jesus, não é o Senhor deles. No versículo 22 são mencionados sinais (dons espetaculares), que para a maioria de nós, seriam provas incontestáveis da aprovação de Deus, de Sua presença e de uma verdadeira espiritualidade cristã.

As pessoas que Jesus está descrevendo aqui estão confiando para a sua salvação em uma afirmação do credo, no que elas dizem a Cristo ou a respeito de Cristo. Mas, a nossa profissão verbal precisa estar acompanhada da transformação de vida.

O tipo de profissão verbal cristã que Jesus descreve parece totalmente admirável. Vejamos:

- é respeitosa, pois chama Jesus de Senhor.

- é ortodoxa, ou seja, está de acordo com a sã doutrina.

- é fervorosa, porque a ênfase: “Senhor, Senhor”, é entusiástica e não fria e formal, querendo chamar a atenção para a força e o zelo de sua devoção.

- é uma confissão pública, chamando a atenção para as realizações diante das pessoas, mostrando assim, sua “fidelidade” ao Senhor Jesus.

Percebe-se que o que essas pessoas destacam ao falar com Jesus, no dia do juízo, é o nome pelo qual ministraram. Reivindicam que, em nome de Jesus, pública e abertamente, eles profetizaram, expulsaram demônios e fizeram muitos milagres.

Que profissão de fé poderia ser melhor? Temos aqui pessoas que chamam Jesus de Senhor com respeito, ortodoxia e entusiasmo. Mas então o que há de errado? A razão pela qual Jesus os rejeita, é que a profissão de fé deles, foi apenas verbal. Não foi acompanhada e autenticada por uma vida genuinamente transformada, e evidenciada pelo conteúdo interior, manifesta pelo fruto do Espírito. Não perceberam que para Deus, ser, é mais importante do que ter e fazer. Tinham uma confissão de lábios e realizações, porém, não de vida.

Eles podem alegar feitos grandiosos em seu ministério, mas não haviam sido transformados de dentro para fora, faltava-lhes o fruto do Espírito.

Podemos perceber a importância do Fruto do Espírito comparando-o aos dons do Espírito. É óbvio que ambos provém de Deus, porém, o que evidencia a verdadeira espiritualidade cristã é o fruto do Espírito.

DONS DO ESPÍRITO

FRUTO DO ESPÍRITO

Não são evidências de que uma pessoa está salva, pois não salvos, podem manifestá-los. Mt. 7: 21-23.

Só pode ser produzido na vida daquele que é guiado pelo Espírito Santo. Só é guiado pelo Espírito aquele que está em Cristo. João 15: 4-5.

Podem ser usados para autopromoção e vanglória. 1 Co. 1:7 e 10-11

Reproduz no crente o caráter de Cristo. Isto glorifica a Deus. Mt 5: 16

Às vezes orgulhosos e egocêntricos recebem dons. 1 Co. 3: 1

Somente submissos ao Espírito Santo, manifestam. Gl. 6: 15; Rm 8: 14

Não é marca de espiritualidade Mt 7: 21- 23

Evidencia a verdadeira espiritualidade cristã Mt 7: 15-20

Para cumprir o propósito de edificar, deve ser regulado pelo amor. 1Co. 12: 31-13: 3

Amor é fruto do Espírito.

Gl. 5: 22

 

Que fique claro que não estamos desprezando os dons espirituais. Eles são muito importantes para a missão da igreja e devem ser buscados conforme instrução do apóstolo Paulo em 1Co. 12:31, e exercidos no contexto da comunidade dos santos, ou seja, na igreja, para edificação mútua. O que queremos destacar é que a verdadeira espiritualidade está intimamente ligada ao fruto do Espírito, pois discípulos de Cristo, devem manifestar o caráter de Cristo. Nisto está a verdadeira espiritualidade.

Pastor Paulo Cesar

domingo, 13 de junho de 2010

DONS ESPIRITUAIS ( I Co 12 )

Esboço da mensagem pregada em 13/06/2010

Somos avivados; nossa igreja é fruto de um dos maiores avivamentos da história da igreja. Cremos no poder do Espírito Santo de Deus e em milagres. Baseados  nisto buscamos Sua plenitude e inteira santificação. Ao mesmo tempo em que buscamos manter o padrão das sãs doutrinas, procurando não nos desviar nem para a esquerda e nem para a direita. 

O que é dom espiritual, ou dom do Espírito?

É a manifestação do Espírito Santo, através do crente, visando o bem comum. ( I Co 12.7). Dons espirituais são distribuídos como Espírito Santo quer (I Co 12.11)

Dons Espirituais

De acordo com I Co 12:

v.8 – Palavra de Sabedoria e Ciência

v.9 – Fé e cura

v.10 – operação de milagres,  profecia, discernimento de espíritos, línguas e interpretação de línguas.

De acordo com Rm 12

v.6 – profecia

v.7 – serviço (ministério), ensino

v.8 – ânimo (exortação), repartir (contribuir), liderança (presidir),

Quanto à distribuição e importância dos dons:

O Espírito Santo reparte os dons como lhe apraz, e lhe não dá todos os dons para um crente, ele reparte entre os crentes para o Corpo tenha os dons. A cada crente é uma parte do corpo, assim cada com é importante para o corpo. Há dons mais evidentes e menos evidentes, mas não há dons mais importantes ou menos importantes.

Nem todos terão todos os dons: I Co 12.29,30

“Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos?”

Busca pelos Dons Espirituais

“Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente.” I Co 12.31

A palavra nos instrui a buscarmos dons espirituais utilizando a expressão “de melhores dons”.

Ao lermos I Co 14 veremos que Paulo estima os dons por sua capacidade de edificação (oikodome) mútua (1Co 14.1-5). Assim como Deus é a fonte dos dons (capítulo 12),  e assim como amor é o modo de utilização dos dons (capítulo 13), assim também a edificação é o alvo dos dons (capítulo 14).

Logo, melhores dons são dos dons que trarão maior edificação da igreja.

Conclusões:

- Discordamos daqueles que ensinam que o dom de línguas seja o sinal do batismo com o Espírito Santo. (1 Coríntios 12:30)

- Cremos que a Bíblia não apenas ensina sobre a existência dos dons espirituais, como também estabelece e normatiza o lugar, a função e o uso dos dons na igreja (entenda-se na reunião dos fiéis) (1 Co 12-14).

- Se dons espirituais são para edificação da igreja, devem ser utilizados no seio da igreja.

- O amor é o validador dos dons

domingo, 6 de junho de 2010

OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE

Esboço da mensagem pregada em 06/06/2010

 

O Espírito Santo é a pessoa específica da Trindade por meio de quem toda a Divindade Triúna atua em nós. É por meio da obra do Espírito Santo que sentimos a presença de Deus dentro de nós e a vida cristã recebe relevância especial.

O Espírito Santo:
1.       é uma pessoa com quem podemos ter uma relacionamento pessoal.
2.       Por ser divino, deve receber a mesma honra e respeito que dispensamos ao Pai e ao Filho. É apropriado adorá-lo como adoramos a eles.
3.       Deus não está distante. No Espírito Santo, o Deus Triúno chega perto de nós, tão perto que, de fato, entra em cada pessoa que crê.

A Obra do Espírito Santo na vida do Cristão:

1 - O Espírito Santo é o agente na conversão:
“Quando Ele (O Consolador) vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque vou para meu Pai e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado”  - Jo 16.8-11

2 - O Espírito Santo é Santificador (1 Ts 4:7-8; 2 Ts 2:13; 1 Pe 1:2)
Entrando na vida do cristão na conversão, Ele o enche com sua presença purificando o coração e capacitando para testemunhar e servir (Jo 3:5; At 1:8; Rm 8:9 e Gl 3:3).
Quando somos cheios do Espírito Santo agimos com pureza de intenção, amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, tratando outras pessoas como gostaríamos de ser tratados, experimentando em todo tempo aquela paz que excede a todo entendimento humano.

3 - O Espírito Santo é ensinador (Jo 14.26)
“Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse.”

4 - O Espírito Santo intercede por nós (Rm 8.26)
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.

5 - O Espírito Santo concede dons aos crentes
Ele distribui dons para o bem comum e edificação da igreja, não para prazer ou vantagem daquele que os possuem:
“Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Co 12.7
“Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” I Co 12.11

 

A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO
Chamamos de Plenitude do Espírito Santo aquela experiência subseqüente à conversão em que experimentamos de maneira poderosa o enchimento como Espírito Santo, momento em que podemos receber dons espirituais. Isto é que muitos chamam de Batismo no Espírito Santo. Apesar de ser apenas uma questão semântica, não chamamos assim pois cremos que há um só batismo, o de Jesus que implica no lavar regenerador da água e do Espírito Santo (Tt 3.5). Cremos ainda que Plenitude do Espírito Santo pode ser experimentada em diversas ocasiões da vida.
Depois de Pentecostes, não encontramos nenhuma exortação para que cristãos busquem o batismo com Espírito Santo, mas encontramos algumas passagens que exortam os cristãos a se encherem do Espírito (Ef. 5.18; Gl 5.16; 1 Ts 5.19; Ef 4.30).

Máxima:
Ser cheio do Espírito Santo não é tanto uma questão de obter mais do Espírito, mas de ele possuir uma fatia maior da nossa vida.

 

Pastor Alexandre

terça-feira, 1 de junho de 2010

O Caráter Cristão e dinheiro (Mt. 6.19-21)

Um dos pontos críticos no exercício do caráter cristão é a administração financeira, isto porque temos:
     - a pressão da sociedade consumista;
     - a falta de dinheiro proveniente do desemprego ou situações inesperadas;
     - a falta de dinheiro por causa da má administração do que se ganha;
     - o pseudo evangelho que promete riqueza em troca de dízimos e ofertas.

Nós, metodistas livres, temos em nossos princípios distintivos menções sobre finanças:
“Os Metodistas Livres são comprometidos com os ideais do Novo Testamento de modéstia e simplicidade como estilo de vida. Eles desejam chamar atenção, não para si mesmos, mas para o Senhor”.
“Crêem tão firmemente na missão da igreja que se comprometem a exercer mordomia responsável das suas finanças e por isso, não precisam recorrer a esforços comerciais para sustentar a obra de Cristo”

No texto lido não há proibição nem maldição alguma quanto às propriedades em si, nem quanto a economizar para dias piores, nem ainda quanto a desfrutar as boas coisas que nosso Criador nos concedeu.
Jesus proíbe o acúmulo egoísta de bens; uma vida extravagante e uma dureza de coração que não deixa perceber as necessidades das pessoas menos privilegiadas.

1 – Não acumular tesouros na terra (v.16)
1.1  –  Porque o dinheiro não é o fim em si mesmo.
Ele deve ser apenas um meio de prover nossas necessidades e se possível nos dar conforto razoável.
Caixão não tem gavetas e desta vida nada se leva.
O próprio Jesus afirmou isto em Lc 12.20,21: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.”
1.2  – Porque o dinheiro é perecível
“...traça e a ferrugem corroem, os ladrões escavam e roubam.”
Ele pode acabar com uma enfermidade, com uma crise econômica, com uma demissão, com uma falência, etc...

2 – Acumular tesouro no céu
2.1  – Administrar nossos bens e esforços de modo relacionado com a eternidade: Ajudando o próximo; Investindo no Reino e não permitindo que as coisas terrenas sejam mais importantes que as eternas.
2.2   - Porque o dinheiro não traz felicidade. A falta do dinheiro traz complicações para qualquer família, mas o acúmulo dele não traz felicidade proporcional, chega um momento em que a correlação dinheiro X felicidade começa a ficar negativa.

3 – Onde está o tesouro, ali está o coração.
O coração segue o tesouro, assim como o girassol segue o sol. Onde está o nosso tesouro estão nossas aspirações, pensamentos, confiança e segurança.
O modo como empregamos nossos esforços e nossos bens revela  quem somos. Este é um dos motivos pelos quais muitas famílias estão se destruindo: as pessoas estão com o coração no dinheiro, acham que prover financeiramente é mais importante que prover emocional e espiritualmente sua família.

O que seria o tesouro no céu?
Desenvolvimento de um caráter semelhante ao de Cristo; aumento da fé, esperança e do amor; pois só esses permanecem.

Alguns mitos que devemos apagar na nossa doutrina:

1- Buscai e enriquecei:
Depois de ensinar contra o espírito de ansiedade, Jesus instruiu seus discípulos: “Buscai, pois em primeiro lugar...” (Mt 6.33). O que isso significa? Que aqueles que buscarem o Reino vão enriquecer?
As coisas que Deus haverá de suprir são coisas básicas, como o alimento, vestuário e quaisquer necessidades indispensáveis.
Buscar o Reino com a intenção de enriquecer apenas perverte a essência do mesmo Reino.

2 - Abandone e Ganhe!
“e todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna.” Mt 19:29
Jesus multiplicará nossas propriedades se O seguirmos? Se isso for literal ele multiplicará também nossas esposas e filhos... não é esse o sentido.
Quando nos tornamos parte do Seu reino, passamos a fazer parte da família de Deus. Descobrimos uma rede de irmãos, irmãs e pais no reino, que nos acolhem.
Aqueles que dizem que Deus multiplicará nossos bens materiais se abandonarmos todas as coisas em favor do reino, geralmente são aqueles que não abandonaram nem casas e nem terras.

3 – Dê dízimo e gaste o resto como bem entender
O dízimo pode tornar-se uma regra mecânica para justificar uma vida financeira em desacordo com a Palavra.
Os dízimos enfocam nossa atenção sobre o quanto damos, e não sobre o que nos sobra. Deus importa-se mais com o que retemos do que com o que damos.
Dar dízimo não exemplifica necessariamente boa mordomia, mas sim o modo como administramos e distribuímos o que nos sobra. A pessoa pode ser dizimista fiel e gastar o restante de modo que não glorifique o nome de Deus.

4 - Viver dentro do próprio orçamento
É errado crer que uma vida regalada é legítima se a pessoa pode sustentá-la. A idéia de viver dentro do orçamento sugere que os que possuem meios modestos devem seguir orçamento mais austero e aqueles que possuem mais podem consumir a vontade.  Os que possuem menos precisam viver dentro do orçamento, mas os que possuem mais não devem utilizar isto para viver o consumismo em desacordo com a Palavra.

5 – Enriquecer para dar testemunho
Alguns crêem que um padrão de vida elevado é necessário para que possamos testemunhar de modo eficaz às pessoas ricas. É a idéia que não podemos testemunhar àqueles que possuem Ferrari com um Fusquinha.
Se este for o conceito, então precisamos roubar para evangelizar os ladrões, nos prostituir para evangelizarmos as prostitutas, etc...  Esse conceito minimiza o poder do Evangelho e da ação do Espírito Santo que convence as pessoas do pecado, da justiça e do juízo.

6 – Somos Filhos do Rei
Outro desvio é a idéia de que, se somos filhos do Rei, devemos viver de maneira esplendorosa.
Nosso Rei Jesus jamais ensinou isto, ao contrário nos ensinou a vivermos vida simples e compartilharmos com os necessitados.

Quando administramos nossas finanças a partir da perspectiva do caráter cristão:
- Sabemos que tudo o que temos é propriedade de Deus, confiada à nós como administradores
- A misericórdia para com o próximo substitui o acúmulo de bens;
- Doações generosas substituem o consumo exagerado;
- Somos chamados a fazermos parte do grupo de Zaqueu, devolvendo o que ganhamos de modo fraudulento;
- Não gastamos mais do que ganhamos;
- Não gastamos o que ganhamos naquilo que não glorifica o nome de Jesus;
- Pagamos o que compramos; é possível sermos inadimplentes por motivos de força maior, mas nunca caloteiros.
- O jogo é contrário à fé em Deus que controla o mundo, não por acaso, mas por seu cuidado providencial. Ao jogo falta a dignidade de um salário e a honra de um presente, isto porque tira dinheiro do bolso do próximo sem uma justa paga.
- Tudo o que compramos ou vestimos reflete o nosso compromisso com Cristo e nosso testemunho para o mundo.

 

Pastor Alexandre

Caráter Cristão

Introdução
Dia vinte e seis de novembro de 2004, próximo das 21:00h, eu estava ajoelhado com minha esposa no altar da Igreja Metodista Livre de Vila Moraes, rodeado por todos os pastores presbíteros do Concílio Sul Paulista.  Era minha ordenação pastoral. Um dos dias mais esperados da minha vida, porque desde minha infância sonhava em ser pastor. À minha frente, de pé, estava o Bispo José Ildo, encerrando o ritual de ordenação. Ele estendeu sua Bíblia e mandou que eu a segurasse com as duas minhas mãos; agarrei aquela Bíblia como quem agarra sua única esperança de vida, no momento em que o Bispo proferiu as seguintes palavras: “Pastor Alexandre Alves de Oliveira: Tome autoridade para ministrar a Palavra de Deus. Fielmente proclame a Sua Palavra, anuncie o perdão de Deus, celebre os sacramentos, pastoreie o Seu povo.”
Desde então minha maior preocupação tem sido buscar cumprir o ministério à mim delegado, e parte deste ministério é ser uma voz profética, de alerta e exortação, à que vivamos de acordo com a Palavra.
Apesar dos evangélicos estarem em alta no Brasil, o evangelho não está. Isto porque o impacto, ou a proclamação, do evangelho não tem sido proporcional ao número de evangélicos. Creio que uma das causas para este sintoma é que a igreja tem deixado de ser um local de proclamação do evangelho para salvação e conseqüente transformação de vidas; para ser um balcão de serviços religiosos pequenos. Com isso as pessoas buscam a igreja por sua prestação de serviços (cura, prosperidade, etc...); como as multidões que seguiam Jesus por causa da multiplicação de pães e dos milagres, mas que logo em seguida gritava: crucifica-o.
A conseqüência é que temos um grande número de cristãos nominais,  que não demonstram caráter cristão no seu dia-a-dia. O que te faz cristão é o caráter de Cristo na sua vida.

“Caráter é o que somos na escuridão, quando ninguém está nos olhando” Moody

1) Rituais religiosos não fazem de você um cristão  (Gl 6.15)
O Cristianismo não é fundamentalmente uma religião de cerimônias externas, mas algo interior e espiritual, algo do coração. O que realmente importa é se a pessoa é de fato nova criatura.

2) Parecer cristão não faz de você um cristão (Mt 7.21)
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”

3) Freqüentar a igreja não é sinal de que você é um Cristão
Um sinal de que você é cristão é freqüentar a igreja. Vir à igreja faz de você um cristão, tanto quanto dormir numa garagem faz de você um carro.

4) Ter experimentado um milagre não faz de você Cristão (Lc 17.17)
“E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?”

- Ser cristão é buscar a cada dia o caráter de Cristo.
Cristo é a personificação da vontade de Deus para o ser humano, logo nossa meta deve ser parecermos com Ele a cada dia.
Uma régua para buscarmos medir nosso cristianismo é perguntar:
- Em meu lugar, o que Jesus faria?
- O que Bíblia diz a respeito?

Pastor Alexandre