quinta-feira, 18 de junho de 2009

Como sabemos se temos preconceito


O mundo todo ficou pasmo com a surpreendente atuação de dois personagens de vida cotidianamente simples e pouco favorecida. São eles Paul Potts e Susan Boyle em um programa de televisão para descobrirem novos talentos. Eles saíram-se brilhantemente bem! Cantaram e comoveram a platéia, chamando a atenção de todo o mundo a sua volta. No You Tube, somaram junto, um total de 5 milhões e meio de visitas na internet.

Também visitei este vídeo para conferir a comovente história destas pessoas e percebi que minutos antes de suas atuações, um detalhe interessante, o mesmo sentimento se encontrava nas pessoas antes de conhecerem o seu dom. Risadas, deboches, desdém e um ar de preconceito, por ele e ela não são tão belos de aparência, para uma apresentação como está.

Diante do que vi posso dizer que, preconceito é um fato presente nos nossos dias? Até porque não precisa ir muito longe, basta olharmos a nossa volta e veremos uma movimentação social na tentativa de no mínimo lidar com este problema ontológico. Definido como um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições, considerados diferentes ou “estranhos”. Um termo pejorativo, dirigido a alguém, grupo social, raça ou sexualidade.

A verdade é que, por mais que se fale contra, gradativamente se nota não só agora, mas em toda a história da humanidade que este tipo de comportamento esteve presente no homem desde a sua queda (Gn.3). Nos tempos de Jesus então, os desfavorecidos, a viúva, a mulher, o cego, o coxo, o leproso, também provaram deste amargo.
Em Marcos 10:46 – 52 é narrado a experiência do mendigo cego que depois de provar deste amargo vence o preconceito.

(v.46) Depois chegaram a Jericó. E, ao sair ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, estava sentado junto do caminho um mendigo cego, Bartimeu filho de Timeu. (v.47) Este, quando ouviu que era Jesus, o nazareno, começou a clamar, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! (v. 48) E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem compaixão de mim. (v.49) Parou, pois, Jesus e disse: Chamai-o. E chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama. (v.50) Nisto, lançando de si a sua capa, de um salto se levantou e foi ter com Jesus. (v.51) Perguntou-lhe o cego: Que queres que te faça? Respondeu-lhe o cego: Mestre, que eu veja. (v.52) Disse-lhe Jesus: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente recuperou a vista, e foi seguindo pelo caminho.
Mas e nós, cristão? Será que existe isto no nosso meio? Creio que não?

Porque fomos dotados pela rica misericórdia de Deus que nos capacita para facilmente propagar um amor ativo e autêntico que corre nas nossas veias, validando o que é para nos primordial, o mandamento do Senhor, (Mt. 22:37-39) “(v.37) Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. (v.38) Este é o grande e primeiro mandamento. (v.39) E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.

Tanto para aqueles que amamos, como também aqueles que nós perseguem, sem quaisquer distinções.

Sem contar com a gigantesca compreensão e paciência que herdamos do Senhor Jesus, que nós capacita a entender e ajudar a todos aqueles que se sentem abatidos e sem força, confirmando sua Palavra em nós. Romanos 15.1 Ora nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.

Mais uma coisa, preconceito não encontra brecha em nós, porque somos visionários, pessoas totalmente dispostos a investir em nossos irmãos sem se preocupar com o retorno que teremos, como se vê em Mt.5:39- 42 (v.39) Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; (v.40) e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; (v.41) e, se qualquer te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil. (v.42) Dá a quem te pedir, e não voltes as costas ao que quiser que lhe emprestes.

Por fim, ainda bem que não pecamos como diz (Tg. 2: 9) (v.9) Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redargüidos pela lei como transgressores.
Ou será que estou errado?

Pastor Tarcizio